Moçambique

Tornar-se independente significou assumir a responsabilidade de contar uma história diferente daquela narrada pelos colonizadores. Pretendeu-se historicizar a luta anticolonial de maneira íntima à construção da FRELIMO e dos projetos de nacionalidade moçambicana defendidas pelo movimento. 

 

S.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina.  Fotografia 01852.  Moçambique.


12. Construindo os símbolos nacionais: a bandeira de Moçambique. Cena do filme "25".

 

 

S.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina.  Fotografia 01833.  Moçambique.


13. Símbolos da independência moçambicana. Cena do filme "25"

 

 

s.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina Fotografia 01828 Moçambique.


14. A vitória contra o colonialismo: derrubada das estátuas portuguesas em Maputo. Cena do filme "25"

 

 

Comunicado conjunto Frelimo - Partido Comunista Brasileiro. Maputo, 1 de Julho de 1977. Fundo Luís Carlos Prestes. Pasta 96 Moçambique.


15. Comunicado conjunto Frelimo - Partido Comunista Brasileiro, de 1 de Julho de 1977:

“A convite do Comitê Central da Frelimo e do Presidente da FRELIMO, Camarada Samora Moises Machel, de 24 de Junho a 1 de Julho de 1977, em visita de amizade militante, uma delegação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), dirigida pelo seu Secretário Geral, Camarada Luís Carlos Prestes. O Camarada Luís Carlos Prestes e a delegação do PCB foram recebidos de uma forma calorosa pelos militantes da FRELIMO e pelo povo Moçambicano em geral, numa manifestação de amizade e solidariedade internacionalistas existentes entre os dois Partidos, forjadas no longo combate comum contra o fascismo, o imperialismo e a exploração do homem pelo homem. No decurso da sua estadia na República Popular de Moçambique, o Camarada Luís Carlos Prestes acompanhado pela sua delegação, participou nas comemorações do 15º Aniversário da fundação da FRELIMO e 2º Aniversário da Independência de Moçambique, festejando a data em conjunto com a população da capital Moçambicana". 

 

As teses defendidas nos Congressos da FRELIMO pautaram as diretrizes políticas para a construção do Estado moçambicano, tanto durante a luta pela independência, como no período pós-colonial. O 1º congresso ocorreu em 1962. O 11º e último em 2017. O 4º congresso, de 1983, foi o segundo após 1975. Nele buscou-se reforçar, dentre outros pontos, o caráter socialista da independência moçambicana e do movimento independentista, a defesa da FRELIMO como partido único que trazia o sustentáculo da estabilidade nacional e a necessidade da continuidade da luta contra o imperialismo. No exercício de reescrever o passado moçambicano, na década subsequente a independência falar sobre a formação e trajetória da FRELIMO era entendido como uma maneira legítima de narrar a criação de Moçambique como nação.

 

 

O Processo da revolução democrática popular em Moçambique, 1980. Samora Machel. Centro de Pesquisa e Documentação Social.  Folheto 2740. Moçambique; Maputo.


16. Trecho de "O Processo da revolução democrática popular em Moçambique", 1980, de Samora Machel:

“Durante muito tempo e sobretudo para a maioria dos observadores dos países ocidentais, o colonialismo português aparecia como uma manifestação quase arqueológica, um capricho anacrônico dum ditador que vivia ainda à hora da Conferência de Berlim. Uma campanha de propaganda bem orquestrada, sobre as virtudes únicas dum colonialismo que se pretendia multiracial e se drapejava das supostas virtudes dum luso-tropicalismo de recente invenção, contribuía a que se entretivesse aqui e acolá ilusões sobre a benevolência da exploração colonial-portuguesa. A censura rigorosa, a repressão feroz, o obscurantismo cultural sistemático, a cuidadosa seleção dos visitantes aos territórios e a ainda mais cuidadosa escolha de itinerários, permitiam que uma pesada cortina de silêncio e ignorância mantivesse as colônias portuguesas isoladas do mundo. O desencadeamento das lutas armadas de libertação no período entre 1961-1964, assestou um golpe mortal às campanhas de propaganda que faziam dos povos das colônias portuguesas povos felizes por que submissos”.

 

 

Conjunto das teses para o 4º Congresso do Partido FRELIMO, 1982. Fundo Partido Comunista Brasileiro. Folheto 04822 Moçambique.


17. Capa do "Conjunto das teses para o 4º Congresso do Partido FRELIMO", ocorrido em 1982

 

 

S.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina.  Fotografia 01899.  Moçambique; Maputo.


18. Construir uma nova nação passou por escrever e ensinar uma nova História separada da História de Portugal. Cena do filme "25"

 

 

História da FRELIMO, 1983. Fundo Centro de Pesquisa e Documentação Social.  Folheto 2741 Moçambique; Maputo.


19. "História da Frelimo", de 1983

 

 

S.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina.  Fotografia 01886.  Moçambique; Maputo.


20. Celebrações pela independência. Cena do filme "25"

 

 

S.t.; s.d. Cena do filme 25. Fundo Teatro Oficina.  Fotografia 01893.  Moçambique; Maputo


21. Celebrações pela independência. Cena do filme "25"